Uma cigarra pousou em minha varanda
E cantou
Alto, forte, a plenos pulmões!
Seu canto de vida, anunciação,
De um novo dia que vem,
Que virá como sempre.
E que será quente, muito quente...
Mas o que se espera para o dia é chuva,
Com raios, trovões, com granizo até!
Pelo menos foi o que disseram os especialistas.
Mas qual...
Esta cigarra com sua voz forte,
Pousada no 13º andar no centro da cidade,
Conseguiu sobrepujar com seu canto
Os sons do trânsito que corre lá fora
Lá em baixo, tão longe.
Ela sabe... há décadas...
Séculos... milênios... toda uma existência...
Ou é isso ou o tempo está mesmo mudado,
“Doidimais”...
Ou ela...
Quem sabe?
O jeito é esperar...